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Educação Financeira

"Começo de conversa"


O modo como todos nós lidamos com as finanças foi construído até por volta dos seis anos de idade. Até

esta fase, a partir do que vimos e ouvimos - ou até pelo o que deixamos de ver e ouvir - dos nossos pais

sobre o assunto, é que construímos nossas impressões sobre o dinheiro.

Isto posto, não há como escapar: não há pressão de amigos, estímulos da sociedade de consumo, ou

truques de publicidade que sejam páreo para a influência dos pais em relação a maneira como as crianças

percebem o consumo, e por extensão, o dinheiro.

Não por acaso, uma das dificuldades mais frequentes em relação à educação financeira tem a ver com o

modo como as famílias conversam sobre dinheiro. Nem sempre é fácil perceber, mas só nos lembramos de

educar as crias sobre esse assunto quando o calo das finanças aperta. E é o grito de guerra clássico das

relações familiares, o “já passou da hora de vocês darem valor ao dinheiro!”, que dá o tom da conversa

nessas horas.

Conversas desse tipo variam das ameaças veladas de castigos eternos para sessões de rasga-coração, do

tipo, “eu me mato de trabalhar e ninguém dá valor a nada nessa casa”. A prole, estarrecida, nem pisca. E

olha que essa nem é

A pior parte vem depois, quando as vaquinhas começam a ganhar peso. Vivêssemos todos sob o império do

bom-senso e o sufoco teria ensinado alguma coisa. Mas não. Ao invés de aproveitar as lições do arrocho

para incentivar a família a construir uma reserva que previna as entresafras, nos envolvemos numa corrida

ensandecida ao televisor de 7.432 polegadas ou à compra de um carro doze vezes maior que suportam as

pernas do orçamento doméstico. Além disso, do pacote bonança ficam banidas, até a próxima crise, todas as

conversas sobre o valor do dinheiro. É nesse ponto que à prole não ocorre outra certeza: definitivamente

meus pais acham que dinheiro nasce em árvore.

Tomara que o Turma da Bolsa ajude os pais a descobrir novas maneiras de educar os filhos em relação ao

dinheiro. Maneiras mais sensatas, afetivas e conseqüentes.

Do meu lado, o que posso prometer a você, leitor, é que farei o meu melhor para isso. Estarei aqui para

dividir minha experiência como especialista mas, sobretudo, como mãe que conhece bem as dúvidas e

delicias que compõem a extraordinária aventura de se educar os filhos.

Cássia D'Aquino,

especialista em educação financeira, é mãe do Pedro, um grande sucesso de crítica e público.

Então amigos, busquem as dicas da Cássia D' Aquino, pois são super importantes para construção do futuro financeiro de nossos filhos.
BJKs, Melaine